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Alerta para micro e pequenas empresas: Governo planeja reformular o Simples Nacional

Governo avalia reformas tributárias para pequenas empresas, com foco em limites de faturamento e combate a fraudes para melhorar a arrecadação e corrigir distorções. 

O Simples Nacional, aquele regime tributário que todo mundo ama por simplificar a vida dos pequenos negócios, pode estar com os dias contados. Pelo menos é o que dizem os rumores nos corredores do poder.

O governo federal está de olho no Simples Nacional e já prepara uma série de mudanças que podem sacudir o mercado. A ideia é alterar as regras do jogo para aumentar a arrecadação e combater algumas irregularidades.

O que pode mudar?

Limite de faturamento: uma das principais mudanças pode ser no limite de faturamento para quem pode entrar no Simples Nacional. Empresas que faturam um pouco mais podem ser obrigadas a sair do regime e pagar outros impostos.

Combate à fraude: o governo também quer endurecer as regras para coibir fraudes, como a abertura de vários CNPJs para pagar menos impostos.

Outras mudanças: ainda não há detalhes sobre todas as alterações que podem ser feitas, mas a expectativa é que em breve o governo apresente um pacote de medidas. 

Segundo dados da Receita Federal, o Simples Nacional representa uma fatia gigantesca da renúncia fiscal do governo. Em 2024, foram 23,94% das perdas de receita, e a projeção para 2025 é de 22,25%. Ou seja, o governo deixa de arrecadar bilhões de reais por ano para manter esse benefício para as pequenas empresas.

Defensores do Simples Nacional argumentam que, sem esse regime especial, muitas pequenas empresas podem enfrentar dificuldades de sobrevivência. Essa situação, segundo eles, poderia levar a um aumento significativo da informalidade no país. Para esses defensores, a renúncia fiscal não deve ser vista como um motivo para mudanças, pois o Simples é fundamental para a formalização de negócios que, sem ele, estariam à margem da economia formal e não contribuíram com impostos.

Por outro lado, especialistas que defendem a reforma do Simples apontam que a configuração atual do regime pode desestimular o crescimento das empresas. Eles argumentam que o aumento gradual dos limites de faturamento e a inclusão de categorias de profissionais liberais distorcem os objetivos originais do Simples, beneficiando empresas que já possuem porte e faturamento elevados.

À medida que o governo avalia possíveis mudanças, é importante que empresários e especialistas acompanhem a discussão, pois o futuro do regime pode impactar diretamente o cenário das pequenas empresas no Brasil.

O Simples Nacional é um tema central no debate sobre o fortalecimento do empreendedorismo e a geração de empregos no Brasil. O Ministério do Empreendedorismo defende sua manutenção, destacando que esse regime especial tem sido essencial para a criação de milhares de postos de trabalho e o surgimento de novas empresas no país.

A posição do Ministério é clara: enquanto o Simples Nacional é um aliado vital para o empreendedorismo e a economia, é fundamental que o regime evolua para garantir sua eficácia e justiça.

Uma das principais propostas envolve a revisão dos chamados “gastos verticais” — ineficiências e fraudes que levam à perda de arrecadação. Um exemplo disso é o combate à “pejotização”, prática em que empresas criam múltiplos CNPJs para reduzir o pagamento de impostos, burlando o propósito original do Simples.

Outro ponto em destaque é o atual limite de faturamento anual de R$ 4,8 milhões para empresas no Simples, considerado elevado por muitos especialistas. Críticos apontam que esse teto beneficia grandes empresas que, aproveitando-se das vantagens do regime, criam uma concorrência desleal com os pequenos negócios, os reais alvos do programa.

O Futuro do Simples Nacional

Para a ministra Simone Tebet, o caminho não é extinguir o Simples Nacional, mas aprimorá-lo. O objetivo é garantir que o regime continue incentivando o empreendedorismo enquanto equilibra as contas públicas. O desafio? Encontrar o ponto ideal entre fomentar o crescimento das micro e pequenas empresas e garantir que o governo arrecade o necessário para cumprir suas obrigações.

À medida que as discussões avançam, o futuro do Simples Nacional promete gerar amplo debate, envolvendo empresários, economistas e especialistas tributários. As mudanças propostas podem impactar diretamente milhões de empreendedores que dependem do regime para se manterem competitivos. Nesse cenário, o governo precisará encontrar um equilíbrio delicado entre promover uma reforma fiscal justa e manter o estímulo ao empreendedorismo — um desafio observado por todos os setores da economia.

Para quem busca se aprofundar nas mudanças do Simples Nacional, o IPECONT oferece consultoria especializada, além de treinamentos e cursos sobre este tema, ajudando empresas a se prepararem para o futuro do regime tributário.

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